30 de jun. de 2022

Assistir a um filme de terror é menos traumático que assistir a uma comédia romântica

 

Hellraiser: o vilão Pinhead após sair da sua sessão de acupuntura

Assistir a um filme de comédia romântica com o seu par romântico requer algo que você nunca deu ao seu parceiro (a): atenção. O ato de assistir a um filme do gênero com o cônjuge requer uma série de procedimentos para evitar que, ao final, o silêncio não tome conta do carro quando vocês forem embora do cinema porque você não é tão romântico quanto o Ashton Kutcher. É primordial que você faça uma lista de datas e momentos importantes que vocês viveram, pois o filme vai exibir uma série de cenas que vai exigir que você esteja atento no momento em que seu parceiro (a) falar: lembra quando fizemos isso também? E este tipo de situação é algo que você não irá passar em uma sessão de filme de terror, onde apenas a extensão do seu ombro é necessária para abrigar a pessoa amada.

Você que não está acostumado a assistir filmes de terror, prepare-se para entrar em um universo onde o clichê não tem vez e, independentemente do filme que você escolher do gênero, sempre terá uma cidade pacata, um carro que vai enguiçar em uma noite chuvosa e uma loira com um poder de atuação igual ou levemente superior ao Neymar em La Casa de Papel.

A principal vantagem dos filmes de terror em relação aos demais gêneros é a representatividade que ele proporciona. Se você, mulher negra, está cansada de não enxergar nas comédias românticas, onde só os brancos amam, mulheres negras em papeis relevantes, nos filmes de terror essa representatividade existe e é cada vez mais presente. Neles é muito comum ver atrizes negras assumindo papéis de empregada, escrava e amiga barraqueira ou interesseira, sempre sendo dirigidas por um renomadíssimo diretor branco recém saído da faculdade.

Já uma característica que você vai encontrar nas comédias românticas, mas não nos filmes de terror, é a fofura dos protagonistas. O protagonista das películas de horror sempre é feio, asqueroso e tem um nome legal, como Leatherface, Jigsaw e Whindersson. E isso é digno de denúncia e investigação! Se o vilão se chamasse “Coelho Feliz” ou “Danadinho, o boneco da vovó”, certamente o número de casos envolvendo serial killer iria diminuir, porque ninguém ia querer ter um apelido tão feio e bobo estampado nos jornais.

À propósito, este é outro ponto que você leitor (a) precisa estar ciente: o boneco é uma entidade maligna. Não sei bem explicar o porquê, mas os autores de terror consideram este brinquedo um objeto assustador. Annabelle, Chucky e Maísa estão aí e não me deixam mentir. Você não verá um filme sobre sabonetes assassinos. O gênero, desde os tempos mais primórdios, proporciona essa alteração no senso comum em relação a personagens da nossa sociedade. Bonecos, freiras e meninas órfãs, que usualmente são associadas a imagens pacificas, ganham um aspecto pernicioso nos filmes do gênero. Os filmes de terror transformaram a experiência de ir à um orfanato, conversar com uma freira e adotar uma menina com uma boneca em uma experiência mais assustadora que assistir ao carnaval da Rede TV. 

Tais filmes costumam ditar quem será demonizado pela sociedade, recaindo sempre sobre nichos fragilizados. Confesso, como escritor, que fiquei preocupado quando assisti “Hush: A Morte Ouve” que diretores estivessem focados em colocar escritores como a próxima vítima dos psicopatas, como fizeram com jovens em férias e famílias que vivem à beira do lago. Mas esse sentimento logo passou quando, nos primeiros 15 minutos de filme, eu tive a certeza que ninguém iria conseguir assistir até o final. Se você curte o gênero e ainda não assistiu ao filme em questão, não perca tempo e vá correndo aprender a fazer slime ou jogar canastra com o seu avô, é muito mais produtivo.

Caso você não se sinta pronto para assistir filmes violentos, uma vertente dentro do terror que está ganhando popularidade é o terror-malhação, protagonizado por adolescentes e feito para adultos que têm Tik Tok e fazem testes no BuzzFeed. O filme IT: A Coisa e a série Stranger Things são exemplos de produções feitas para pessoas que querem assistir filme de terror e não sentir medo. É o mesmo que assistir um filme de comédia sem querer rir ou um filme erótico da Gretchen sem querer vomitar, não faz sentido.

Apesar dessa aparente dicotomia entre filmes românticos e de terror, ambos estão conectados pela riqueza em emoções transmitidas através de suas cenas. Figuras lendárias como Alfred Hitchcock e Woody Allen provaram inúmeras vezes que é possível fazer cinema de qualidade em ambos os gêneros e, com isso, alcançar seus principais objetivos em suas carreiras: serem citados por jovens que querem impressionar sem nunca ter assistido um filme sequer e acham que Vicky Cristina Barcelona é o mais novo single da Lady Gaga.

Portanto, caro (a) leitor (a), tenha ciência que o medo ao assistir tais películas é algo comum e inerente ao espectador. Um pensamento recorrente em um primeiro momento é imaginar que você será a próxima vítima. Por isso indico que você pare de assistir esses filmes de comédia romântica temáticos de casamento e migre logo – enquanto há tempo – para os filmes de terror.

Stranger Things: como explicar para alguém que nunca assistiu

 

Eleven: não sei qual das três é ela



O título é bem claro! Eu – que nunca assisti Stranger Things – vou ensinar você que assistiu a explicar pra alguém que nunca assistiu. Entendeu? Hoje em dia, as redes sociais são tão educativas que, por meio delas, você consegue assistir um filme sem assistir, escutar uma música sem escutar e odiar alguém que nunca existiu, como essa invenção do multiverso da internet chamada Arthur Aguiar.

A missão de explicar algo tendo zero conhecimento no assunto é bem desafiador, estou sentindo na pele como é ser o Castanhari. Como eu estava cansado de tentar entender a série por meio da explicação dos outros, tomei uma atitude e resolvi acompanhar pelo Twitter, já que eu não vou gastar meu tempo assistindo uma série que tem mais de três minutos por episódio. De todo modo, hoje eu posso me considerar um especialista em Stranger Things, assim como a Jade Picon se considera uma atriz. Aliás, se eu fosse o autor da série, certamente ela teria vaga garantida no papel de espectadora. Se existisse uma vinheta, era agora que eu falaria “então puxa o meu dedo e venha curtir comigo!”

Primeiro de tudo, pra você não cometer o mesmo equívoco que eu cometi, Stranger Things não é um reality que acompanha os procedimentos estéticos da GKay. É uma série que mistura drama, terror, suspense e tem uma pegada que pode lembrar IT: A Coisa, cujo protagonista é o Pennywise e não a GKay. Não insista, são pessoas diferentes.

Stranger Things é uma série que envolve criaturas monstruosas, governo e dimensões paralelas, e está na Netflix, não na Globo News. Neste caso, o título mais apropriado seria “Normal Things: Bolsonaro no multiverso da cloroquina”. A série tem como cenário uma cidade fictícia, onde um rapaz desaparece misteriosamente. E essa é a breve sinopse de “Normal Things: Bolsonaro no multiverso da cloroquina”, que se passa em Ratanabá e um indigenista desaparece “misteriosamente.”

Voltando para Stranger Things, na década de 1980, Onze, uma menina com superpoderes, que não teve idade suficiente (ou um nome legal) para ser X-Men, conhece quatro amigos que estão preocupados em salvar seu amigo Will, que está desaparecido. Will foi abduzido e levado para uma realidade paralela chamada Mundo Invertido, como aquele em que a Juliette vive. As criaturas que vivem neste Mundo Invertido possuem formas variadas e estranhas, cheiros duvidosos e um poder de sucção perturbador, parecido com o que esses adolescentes estão prestes a encarar dentro de alguns anos em seus quartos.

Will consegue ser resgatado deste universo paralelo, mas, estranhamente, ele ainda sofre consequências das entidades que vivem no Mundo Invertido e do monstro Devorador de Mentes, uma espécie de Léo Dias só que no mundo certo. Todos estão preocupados e tentam fechar o portal do Mundo Invertido, visando evitar que mais pessoas sejam abduzidas pelas criaturas que lá existem.

Nesse meio tempo, o detetive da cidade, Jim, decide criar Onze de maneira adotiva, o que gera uma revolta na Antônia Fontenelle e faz com que a menina fuja da cabana em que vivia com o detetive. Outro ponto que vale a pena destacar é que, em uma determinada temporada, a série também expõe alguns dramas dos adolescentes, como romance, amizades e ser adolescente, que por si só já é um drama pra todos que vivem ao seu redor. Não sei dizer em qual temporada isso acontece, porque no Twitter as pessoas se comunicam na base do ódio. Se você perguntar qual o nome do diretor da série, vão responder com uma hashtag #pablovittarmerecerespeito. Mas se ainda assim você quiser saber, é só mandar DM pra algum perfil que tenha foto de um membro do BTS que ele vai te explicar e perguntar se você quer namorar virtualmente com ele.

Lembra que eu falei que tinha governo metido nessa série? Pois é! O governo russo, representado por cientistas, tenta abrir um portal embaixo de um shopping para ter acesso ao Mundo Invertido. Curioso que para os russos, guerras e bombas nucleares fazem parte de um mundo normal, mas abrir uma porta num shopping é algo digno de inversão de mundos.

Depois da Onze ter ficado assustada com a indignação da Antônia Fontenelle, ela entra em uma batalha contra o Devorador de Mentes e fica ferida, o que a faz perder seus poderes. Esse é o grande equívoco de dar grandes responsabilidades para uma criança que acaba de entrar na puberdade. Se ela estivesse jogando Minecraft, o máximo que aconteceria seria descobrir o canal do Felipe Neto e ficar retardada pro resto da vida. Mas quis brincar de heroína cedo, não soube reter os poderes e como castigo teve que se mudar para a Califórnia, onde vai morar com a família do Will. Apesar de não ter ficado claro o motivo da mudança para a Califórnia, a principal teoria é a soberba dos personagens Onze e Will, que recebem por episódio um salário muito superior aos colegas coadjuvantes que recebem míseros US$ 20 mil por episódio. Um claro exemplo de trabalho escravo.

Para o Volume 2 da 4ª temporada, que será lançado dia 1º de Julho, são aguardados dois episódios com duração de 1h25 e 2h30. A dica é que você assista de meia em meia hora e, assim, transforme dois episódios em oito. Foi assim que eu transformei Grey’s Anatomy em uma condenação perpétua pra minha vida.

Esse é o resumo de Twitter para Stranger Things. Se mesmo assim você tentar explicar a um amigo e ele não se interessar pela trama, o que ele merece mesmo é assistir alguma série produzida pela GloboPlay com a câmera tremendo e focando no queixo dos atores.

28 de jun. de 2022

Doramas e Bruna Marquezine, ela precisa aprender a chorar com os olhos esticados

4 atrizes e 1 ator de algum dorama

Uma moda que vem assombrando o Brasil e está durando mais que “Acorda, Pedrinho!” são as harmonizações faciais. Celebridades que antes lutavam pela estética, agora brigam contra ela e ainda pagam por isso (ou não). Outra moda que está mexendo com a cabeça da garotada que faz a inscrição do ENEM no primeiro dia pra não pagar mais caro no segundo lote, é a do entretenimento coreano. Tudo começou com o contagiante “Gangnam Style”, que insistimos que não era boa ideia, mas alguém achou que seria legal colocar o Gangnam Style (é esse o nome do cantor, né?) em cima de um trio elétrico em Salvador.

Após esse fenômeno do rap coreano, as portas se abriram e o Brasil foi infestado por conteúdo produzido na Coréia do Sul, algo que não víamos desde as novelas mexicanas que invadiram as tardes da dona de casa brasileira, que enquanto utilizava o amaciante Fofo, suspirava de paixão por Fernando Colunga. Agora chegou a hora dos filhos dessas senhoras se apaixonarem. E o mais legal disso é o “chega pra lá” que está sendo dado na homofobia, pois esses filhos estão se apaixonando tanto pelos atores como pelas atrizes coreanas, já que é impossível diferenciar um do outro.

Além dos doramas, ou K-drama (para ser mais dramático ainda), a Coréia do Sul exportou o K-pop, gênero preferido do crítico e ex-membro dos badalados grupos Muzak, Subúrbio e Ness, Régis Tadeu. Caso surja o K-rock (60+), certamente o Régis irá participar das seleções para novos integrantes, tamanho o seu apreço pelo entretenimento coreano.

Apesar do estrondoso sucesso do K-pop em terras brasileiras, o que está alcançando maiores números em termos de popularidade é a indústria cinematográfica. Parasita, um filme que roubou a ideia de título da biografia do Bolsonaro, se tornou o primeiro filme em língua não-inglesa a ganhar o Oscar na categoria de Melhor Filme. E isso chamou atenção de Bruna Marquezine, que promete fazer testes para filmes em solo coreano. A atriz indicou ser capaz de representar uma sul-coreana nativa e já está treinando como chorar – sua principal técnica dramática – com os olhos esticados por uma fita crepe.

E o mais recente sucesso a nível mundial, que atingiu não só os tuíteiros que tem um anime ou um membro do BTS na foto de perfil, foi o Round 6, série que tem causado dúvidas quanto a sua pronúncia. Alguns falam Round Six, e aqueles que não se inscreveram no ENEM falam Round Seis. A série se tornou a mais assistida da história do streaming Netflix, provando que o fã-clube da Maísa e da Larissa Manoela, juntos, é menos desocupado que os dorameiros. 

Fato é que se Matrix Resurrections tivesse sido lançado em solo sul-coreano com uma sinopse mais simples, certamente continuaria sendo um fracasso de público, pois o filme é ruim pra cacete.

26 de jun. de 2022

Eri Johnson: o homem que adapta peças para o teatro e esportes para a praia

Uma coisa que eu observei em meio a esse ócio "criativo" é que o brasileiro tem a mania de tentar adaptar todos os esportes para uma versão praiana. Futebol? Na grama tem que calçar chuteira, vamos levar para a praia! Vôlei? Na quadra não pega sol, vamos levar para a praia! Tênis? Tem que usar muita roupa, vamos levar para a praia! E quando você não tem tempo nem pra jogar futebol e vôlei, mas tem tempo pra ir à praia, pratica-se o futevôlei. Para quem não conhece, futevôlei é um esporte que tem bola, pontuação e rodada dupla de cerveja, sendo permitido jogar com uma latinha de Skol numa mão (Heineken é proibido) e um petisco na outra. É quase parecido com o frescobol, com a diferença que no frescobol, além da bola e da pontuação, é preciso ter uma barriga grande e peluda, uma sunga desbotada e uma esposa comendo milho e dividindo a mesma cadeira de praia com os três filhos. Se você ainda assim tiver dúvidas do perfil de quem pratica cada modalidade, é só olhar para o carro. Se o atleta possuir uma Ix 35, é do futevôlei, se for proprietário de um Del Rey que muda de cor com o passar dos anos, é do frescobol. E se tiver um carrinho de picolé, é só um vendedor ambulante.

Algumas teorias circundam a minha mente sobre o real motivo do brasileiro querer colocar areia em todos os esportes. Vamos lá!

A grande vantagem de ter um esporte sendo praticado na praia, é que ele vai ser amplamente divulgado pelo Eri Johnson. Acho que o grande sonho dele é instalar um palco, camarim e bilheteria na areia de alguma praia. Certamente ele se mudaria de vez para alguma barraca na praia e casaria com um siri. Portanto, essa é a minha primeira teoria: Eri Johnson é o responsável por levar as modalidades para o litoral. Metade do expediente de trabalho ele usa para adaptar comédias da Broadway, e a outra metade para adaptar esportes para as praias. Se você chegar pra ele e falar que inventou o par ou ímpar, ele já emenda: “rapaz, já pensou se a gente praticasse isso na praia?”

A segunda teoria que eu trago à tona, é a do Banco do Brasil ser o responsável por levar os esportes para às praias. Com os funcionários embaraçados em usar as camisas amarelas com o logo desproporcional na frente, a saída foi instalar arenas nas praias e distribuir as camisas ao público. São centenas de brasileiros felizes que receberam o traje e vão economizar com pano de chão no próximo mês. Isso vai despencar as vendas dos vendedores de pano de chão e fazer com que recorram a uma linha de crédito gold do banco. Alguém já leu na íntegra o Plano Real? Estou convicto que essa genial estratégia econômica foi desenhada ali dentro.

A terceira teoria é que o brasileiro leva os esportes para a praia pra não precisar pagar pra fazer as atividades físicas. Pra que pagar academia se eu posso colocar cones na areia e correr entre eles? Pra que tomar banho em casa se eu posso usar a ducha da orla? Pra que comprar areia pro gato se eu posso pegar da praia? E o mais curioso e contraditório disso tudo é que o brasileiro levou o futebol, o frisbee e o vôlei para a praia pra não ter que praticar em outros ambientes, mas quando vai fazer natação prefere ir ao clube e pagar uma mensalidade pra ter acesso a uma grande porção de água.

Por fim, a teoria que eu mais acredito é que a grande razão pro brasileiro inventar esses esportes seria pra divulgar que é referência neles, mesmo sendo praticado só aqui. Ah é, americano, você é o melhor no baseball? Quero ver você ser o melhor na peteca aquática. E aí, cria-se um esporte que não faz sentido algum, que se tiver alguma dúvida em relação as regras, vota-se entre aposentados - que estão do lado de fora aguardando a vez de jogar - qual é a decisão mais sábia a ser tomada naquele momento. E a decisão mais sábia nunca é “precisamos estabelecer regras”, afinal, uma vez que o Eri Johnson postou no Instagram que está praticando no Posto 8, a missão foi cumprida.

O mundo na praia gira em torno do Eri Johnson, é preciso a sua benção para algo dar certo na costa brasileira. A última capitania hereditária em solo brasileiro, e que ainda existe, são as praias e elas pertencem ao ator, executor de hang loose e imitador do Romário, Eriovaldo Johnson, ou Eri Johnson para os íntimos e para os que têm empatia em não chamar uma pessoa de Eriovaldo.

24 de jun. de 2022

Amber Heard x Johnny Depp: um cocô e várias lições

Desde a briga entre Tiago Abravanel e a moda, não é noticiado um caso que repercutisse tanto na mídia como Amber Heard e Johnny Depp. Amber Heard, que acusou o ator de abusos dos mais diversos tipos, recentemente informou que vai divulgar um diário da sua relação com Depp, que parece ter sido totalmente inspirado no diário de Anne Frank. Desgastada de todo o convívio com o ator e da repercussão que o caso teve, Amber decidiu colocar à venda a cobertura em que ambos viveram. São oito quartos, três salas e nenhum banheiro. Segundo ela, as camas não foram compradas à toa e seria redundante ter um banheiro na propriedade. Reza a lenda que esse ato realizado nas camas, confirmado por ela, serviu de inspiração para Johnny Depp em “A Fantástica Fábrica de Chocolate.”

Não bastava todo o desgaste causado por semanas de julgamento, os tabloides apontam um possível romance entre Johnny e sua advogada. Tudo indica que ela entendeu errado quando ele falou que queria que ela entrasse na vara. A repercussão do caso foi tão grande que a advogada ficou famosa e tudo a seu respeito está virando notícia. Há poucos dias, foi divulgado que a advogada ajudou uma senhora que bateu a cabeça dentro do avião: “foi a Amber, eu vi!”, disse a profissional da lei. Parece, inclusive, que a Kate Moss vai ser convocada para falar que nunca presenciou nenhum tipo de violência com esta senhora.

O resultado final do julgamento acabou tendo um saldo negativo para Amber, afinal, além de ter que pagar US$ 10 milhões ao ex-companheiro, a atriz ficou queimada em Hollywood e foi demitida da continuação do filme “Aquaman”. Contudo, em um gesto de solidariedade, Johnny Depp está fazendo de tudo para ela não perder trabalhos e já quer coloca-la em outro filme aquático para aproveitar suas habilidades: a continuação do filme Piranha.

Diante de tanto caos e turbulência, o caso deixa diversas lições para os mais jovens. Número um: se você pretende morar com seu parceiro, faça como Luciana Gimenez fez quando casou com o avô da sua amiga de infância e dono da Rede TV, durma em quartos separados, acorde em quartos separados e transe em quartos separados. Isso evita brigas e, melhor ainda, evita qualquer tipo de contato com o seu parceiro (a). Número dois: não faça em cima da cama. Número três: o tribunal que importa é o da internet, ser condenado pela justiça é melhor do que ser cancelado nas redes sociais. A não ser que você seja cancelado pela Sônia Abrão, nesse caso você está do lado certo e só vai sofrer por ter que aparecer na Rede TV frente à dezenas de espectadores que cochilaram em cima do controle e mudaram da Globo pra Rede TV sem querer.

23 de jun. de 2022

Queremos o Only Fans da Sônia Abrão!

Uma plataforma que atualmente está movimentando a economia, sendo responsável pelo aumento da taxa indexadora da Selic com forte influência no CDI do CDB (???) e fazendo com que o cidadão fique em dúvida se compra slime para o filho ou vê os pentelhos grisalhos da Rita Cadillac, é o Only Fans. Trata-se de um site que já deixa a pessoa confusa desde o nome, pois se é “somente fãs” (tradução de only fans), você logo se questiona porque a Rita Cadillac está vendendo conteúdo ali e não em uma casa de repouso, onde seus fãs estão concentrados.

Apesar deste equívoco no nome, a plataforma conta com celebridades como Anitta, Cardi B, Bella Thorne e ex-bbb’s que se somarem todos dá o equivalente a uma celebridade para o TV Fama. A popularização do Only Fans alcançou proporções estratosféricas, permitindo que famosidades, como Mulher Melão, faturem na casa de R$ 1 milhão e vendam uma peça íntima no valor de R$ 10 mil, mostrando que se você, amigo e amiga de casa, quer ser sacoleiro, está errando indo ao Paraguai, é só ir no varal e anunciar no Only Fans. Diante deste cenário, urge uma preocupação que precisa ser compartilhada: por que Sônia Abrão não está presente na referida plataforma?

A apresentadora e correspondente de velórios já provou que exala sensualidade, e olha que a competição é forte quando ela está dividindo o mesmo sofá que Rafael Vanucci, Frank Aguiar e Chiquinho Scarpa. Os benefícios que a sociedade vai usufruir com a introdução da apresentadora redeteveniana à plataforma são incontáveis, como, por exemplo, educação alimentar. Pense em uma família em volta da mesa partilhando uma refeição, a criança em fase de crescimento rejeita o brócolis, e o pai, buscando uma melhor alimentação para o filho, faz uma abordagem psicológica em que o filho é obrigado a optar pela verdura ou pela foto da senhora em pequenos trajes. A criança já vai crescer com o discernimento do que é saudável e do que beira a demência, permitindo que no futuro ela tome decisões sábias em escolhas que podem surgir pelo seu caminho como ouvir Jovem Pan ou beber direto da fonte e ler Mein Kampf, seguir ou não o Yudi nas redes sociais e sentir vergonha alheia, participar do interminável podcast do Rodrigo Vilela ou tirar férias do trabalho.

O mais importante é que ocupando a ex-apresentadora do lendário Falando Francamente com as atividades do Only Fans, finalmente vamos ter um descanso das suas atividades laborais na televisão que tanto merecemos. A gente vai se acostumar, não deve ser tão ruim ter que assistir a multitalentosa Daniela Albuquerque, mas também sentiremos falta, afinal, como vamos sobreviver sem saber por onde anda o ex-jardineiro do ator que interpretou o Galeão Cumbica?

21 de jun. de 2022

Somos todos pregalovers da Anitta!

Chego neste espaço com um atraso de uns 20 anos, na busca por me conectar com os jovens cibernéticos. Antes de chegar aqui nesta plataforma, procurei pelo flogão, mas infelizmente não existe mais, parece que não resistiu a um tal de Instagram. Como já estou atrasado há 20 anos em termos de comunicação, não vai fazer mal comentar sobre um assunto que esteve em alta há duas semanas: o toba da Anitta.

Há cerca de 15 dias, rolou um embate na internet que não era visto desde Geisy Arruda e a estética, que foi entre sertanejos e o toba da Anitta. E tudo isso começou por conta da tatuagem no c# da cantora. Muita gente ficou surpresa, porque a gente não via um c#, um c#zão iniciando uma treta desde que o Felipe Neto entrou no Twitter. No entanto, Anitta logo botou panos quentes (não no c#) e falou que a tatuagem não é exatamente lá, é meio centímetro acima. Porra, então é c# ainda, Anitta! Nessa altura do campeonato quer convencer que o c# ainda é apertado?

Só que essa briga foi além do c# da Anitta, e não estou falando na briga para comer o c# dela, até porque nesse caso a briga é só pra organizar a fila. É tudo por conta da bendita Lei Rouanet. O cantor e tocador playback de berrante, Sérgio Reis, falou que ele não aceita dinheiro da Lei Rouanet para fazer shows e que o dinheiro que as prefeituras pagam para ele não é dinheiro público... que mongol! Eu achava que pra ouvir uma merda saindo da boca dele bastava comprar o cd dele. E o que mais me surpreende é que tem Prefeitura contratando show dele ainda, para mim o público dele tinha sido extinto junto com a TV Tupi e o Flávio Augusto Show (existia esse programa? Soou tão factual que nem vou procurar no Google, pra mim existiu.)

Na verdade, o que eu procurei no Google foi "Sérgio Reis". Logo no começo da pesquisa, aparece uma seção chamada “As pessoas também perguntam” com uma lista de perguntas sobre ele. A primeira é direta: "Como está o estado de saúde do cantor Sérgio Reis?" Eu achava que a resposta era mumificado, mas não, ele está lá com 81 anos, provando, como a música dele fala, que panela velha... é ruim de quebrar pra cacete. E isso é tudo que da pra escrever sobre o Sérgio Reis, que já está apto a estrelar o remake do próximo Rei do Gado, no papel do gado, obviamente.

E no meio dessa treta toda que começou com um sertanejo de universidade, o Zé Neto, passou pelo sertanejo de asilo com o Sérgio Reis, acabou respingando no sertanejo de harmonização facial, estrelado por Gusttavo Lima e você. O humilde rapaz realizou uma live e a internet ficou muito feliz diante do seu pronunciamento. Não porque ele estava pedindo desculpas, mas acredito que tenha sido porque ele estava anunciando o seu desejo em parar de cantar. Contudo, a alegria do público deu lugar à aflição, pois ele disse apenas isso, omitindo o que mais importava: o que faltava pra ele de fato parar. Tenho certeza que durante a transmissão já havia várias contas logadas no catarse, prontas para dar início a um crowdfunding, caso fosse necessário. Dinheiro não seria problema, poderíamos até entrar em contato com o Ciro Gomes e chegar num acordo para leiloar um guardanapo que ele usou para limpar a boca logo após proferir alguma idiotice que quem não entendeu achou o suprassumo da inteligência.

O problema todo é que nesse meio chamado internet, onde tudo é efêmero, que se você deixar para comentar sobre "Acorda, Pedrinho" no dia seguinte, o sucesso já passou, ficamos sem uma continuação da treta Toba x Sertanejos. O que aconteceu? Gusttavo Lima parou de cantar? Os sertanejos agora vão passar a fazer shows sem o recurso musical de cantar com as bolas do Bolsonaro na boca? A tatuagem da Anitta vai ser revelada e num grande plot twist vai estar escrito LEI 8.313? Quando ela caga, ela está apenas reproduzindo um discurso do Ciro Gomes? Essa história criou várias ramificações que não encontraram um fim, como eu achava que o Sérgio Reis tinha encontrado há dez anos. Vai ver essa é a essência da vida e das histórias, uma eterna busca por fins desejados que nunca são encontrados à nossa maneira. 

A pergunta que fica é: qual é o próximo alvo dos fãs da Anitta? Porque mexeu com um cu, mexeu com todos! Estou convencido e oficialmente participando do fã-clube do brioco da Anitta, porque uma mancha escura na nossa vida não se trata de uma dificuldade, mas um sinal de que devemos tatuá-lo e seguir em frente.



Stranger Things: como explicar para alguém que nunca assistiu

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