4 atrizes e 1 ator de algum dorama |
Uma moda que vem assombrando o Brasil e está durando mais que “Acorda, Pedrinho!” são as harmonizações faciais. Celebridades que antes lutavam pela estética, agora brigam contra ela e ainda pagam por isso (ou não). Outra moda que está mexendo com a cabeça da garotada que faz a inscrição do ENEM no primeiro dia pra não pagar mais caro no segundo lote, é a do entretenimento coreano. Tudo começou com o contagiante “Gangnam Style”, que insistimos que não era boa ideia, mas alguém achou que seria legal colocar o Gangnam Style (é esse o nome do cantor, né?) em cima de um trio elétrico em Salvador.
Após esse fenômeno do rap coreano, as portas se abriram e o
Brasil foi infestado por conteúdo produzido na Coréia do Sul, algo que não
víamos desde as novelas mexicanas que invadiram as tardes da dona de casa
brasileira, que enquanto utilizava o amaciante Fofo, suspirava de paixão por
Fernando Colunga. Agora chegou a hora dos filhos dessas senhoras se apaixonarem.
E o mais legal disso é o “chega pra lá” que está sendo dado na homofobia, pois esses
filhos estão se apaixonando tanto pelos atores como pelas atrizes coreanas, já
que é impossível diferenciar um do outro.
Além dos doramas, ou K-drama (para ser mais dramático ainda),
a Coréia do Sul exportou o K-pop, gênero preferido do crítico e ex-membro dos
badalados grupos Muzak, Subúrbio e Ness, Régis Tadeu. Caso surja o K-rock (60+),
certamente o Régis irá participar das seleções para novos integrantes, tamanho
o seu apreço pelo entretenimento coreano.
Apesar do estrondoso sucesso do K-pop em terras brasileiras,
o que está alcançando maiores números em termos de popularidade é a indústria
cinematográfica. Parasita, um filme que roubou a ideia de título da biografia
do Bolsonaro, se tornou o primeiro filme em língua não-inglesa a ganhar o Oscar
na categoria de Melhor Filme. E isso chamou atenção de Bruna Marquezine, que promete
fazer testes para filmes em solo coreano. A atriz indicou ser capaz de
representar uma sul-coreana nativa e já está treinando como chorar – sua
principal técnica dramática – com os olhos esticados por uma fita crepe.
E o mais recente sucesso a nível mundial, que atingiu não só os tuíteiros que tem um anime ou um membro do BTS na foto de perfil, foi o Round 6, série que tem causado dúvidas quanto a sua pronúncia. Alguns falam Round Six, e aqueles que não se inscreveram no ENEM falam Round Seis. A série se tornou a mais assistida da história do streaming Netflix, provando que o fã-clube da Maísa e da Larissa Manoela, juntos, é menos desocupado que os dorameiros.
Fato é que se Matrix Resurrections tivesse sido lançado em solo sul-coreano com uma sinopse mais simples, certamente continuaria sendo um fracasso de público, pois o filme é ruim pra cacete.
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